A produção
não será tão grande, mas a chegada da Lombra Records no mercado fonográfico
brasileiro foi recebida com muita animação por bandas e músicos. O selo de
Brasília (DF) já começa a soltar seus primeiros discos em abril. O produtor Biu
Ramos passou três anos negociando uma máquina de risca (imagem à esquerda) da
Alemanha e fará um trabalho praticamente artesanal.
Mas com
oferta mais camarada para quem quiser lançar seu disco de vinil. As opções são
de 5”, 7”, 10”, 12”, disc flex e gramaturas variadas. A media de preço vai em
torno de R$ 35 um compacto 7” e R$ 60 um álbum 12”. E sem quantidade mínima.
O recado de quanto
mais gravadoras e fábricas tiverem, mais lançamentos estarão no mercado e mais
o preço pode baixar pela concorrência faz valer. “Nós da Lombra Records não
entendemos nada do mercado. Nosso negócio é Música. Com eme maiúsculo”, diz
Ramos.
Biu Ramos
revela que já são 21 bandas que negociaram lançamento pela Lombra Records até
essa semana. Entre os primeiros discos estão bandas da goiana Monstro Discos, uma coletânea de música experimental e
os barulhentos paraibanos gente fina do Zefirina Bomba. “Gravamos três sons em
Brasília e outros cinco aqui em João Pessoa para esse disco. Fizemos umas paradas
diferentes”, comenta o guitarrista e vocalista Ilsom Barros (à direita na
imagem, gravando as músicas novas), sobre o novo disco do Zefirina Bomba. Ele cita que já conhece Ramos
desde 1993 e isso facilitou o trabalho, sendo uma boa alternativa depois de ter
feito um orçamento na Polysom e ter desistido. “Ainda acho muito caro o vinil
da Polysom. É inviável para muitas bandas”.
A princípio a
produção da Lombra Records deve ficar em aproximadamente 600 unidades
mensalmente. “O futuro é agora”, anuncia Biu Ramos, já sabendo da importância que
terá seu selo no mercado independente que foge cada vez mais da falta de
opções.
- Página do Facebook da Lombra Rec.
- Página do Facebook da Lombra Rec.
Fotos: máquina: Divulgação Lombra / Ilsom Barros: divulgação Zefirina Bomba