O ano de 2017 seguirá o crescimento da produção e vendas de
discos de vinil conforme foram anunciadas durante todo o ano de 2016 na
imprensa. O que chegou a ser 5% das vendas dos discos físicos no mercado
fonográfico mundial, tem tudo para quase dobrar. Mesmo porque 5% é muito pouco
do que se consome de música no mundo.
No decorrer do ano de 2016 foram colocadas em atividade novas
prensas que ajudaram no aumento da produção de mais discos em diferentes
países. Porém, isso não é uma situação muito frequente já que não há tantas
prensas inativas mais por aí. E o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de
nova tecnologia na produção de discos de vinil ainda é uma aposta e incógnita.
Leia mais aqui.
GANÂNCIA - O Brasil, infelizmente, não segue o otimismo do
mercado internacional. Temos apenas duas fábricas e algumas iniciativas
independentes em cortes de vinil (aquelas máquinas que fazem um único disco por
vez, num lento processo tendo que tocar o disco enquanto se grava).
Apenas duas fábricas operam no Brasil e somadas suas
produções anuais não chegam a 400 mil cópias. O que é uma merreca em relação à
demanda do mercado. O resultado são preços caríssimos, com um disco nacional
sendo mais caro que um disco importado. E grande fila de espera, com um pedido
levando até mais que quatro meses para ficar pronto. Há fábricas no exterior
que entregam em menos tempo e são mais baratas. A questão esbarra em dois
pontos: os tradicionais impostos brasileiros altos e a ganância dos
empresários, já que as poucas opções levam a custos/preços caros.
MARINGÁ – A região de Maringá está bem servida de opções
para quem quer comprar discos de vinil. Desde os tradicionais sebos (com preços
absurdamente incoerentes, com discos raros baratos e fuleiros caros) até as
crescentes feiras de discos com colecionadores. Maringá tem duas feiras de
discos com perfis bem diferentes. O Clube do Vinil de Maringá (CVM) é a mais
tradicional (foto) e tem destaque regional realizando eventos até em cidades da região
e com alguns de seus expositores também participando de eventos em outros
estados.
O acervo do CVM foge do tradicional de discos usados de MPB
e rock tradicional – como Tim Maia e Pink Floyd respectivamente – que tem em
todas as feiras e são achados em qualquer lugar. O CVM tem discos novos de
gravadoras brasileiras, discos independentes comprados diretamente com as
bandas e selos, discos importados, muitas raridades, todos devidamente
organizados nas caixas. E também os tradicionais discos usados, que são
higienizados antes de entrarem em venda. E também tem vitrolas e acessórios.
Tudo sempre com preços acessíveis.
É comum que um disco lançado no mercado fonográfico
brasileiro seja encontrado entre os expositores do CVM na mesma semana do lançamento.
O acervo diferenciado é notado e valorizado por frequentadores de ambas feiras
maringaenses.
Um fator importante no CVM é que os expositores “conhecem”
música, sabem o que estão apresentando. Você não ouvirá numa feira “Ô vizinho,
você sabe como é esse disco?...” ou “ô vizinho, você sabe qual disco dessa
banda é melhor?...”. A informação é uma ferramenta importante em nossos eventos
e isso ajuda nas negociações e contatos.
Em apenas dois meses de 2017 já fizemos feira e bazar
cultural em Maringá e participamos de uma grande feira de discos em Curitiba. E já temos eventos agendados em março e abril. O
calendário do CVM é atualizado com frequência e está disponível no nosso blog .