sexta-feira, 17 de março de 2017

Mercado fonográfico tem espaço para crescer em 2017


O ano de 2017 seguirá o crescimento da produção e vendas de discos de vinil conforme foram anunciadas durante todo o ano de 2016 na imprensa. O que chegou a ser 5% das vendas dos discos físicos no mercado fonográfico mundial, tem tudo para quase dobrar. Mesmo porque 5% é muito pouco do que se consome de música no mundo.

No decorrer do ano de 2016 foram colocadas em atividade novas prensas que ajudaram no aumento da produção de mais discos em diferentes países. Porém, isso não é uma situação muito frequente já que não há tantas prensas inativas mais por aí. E o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de nova tecnologia na produção de discos de vinil ainda é uma aposta e incógnita. Leia mais aqui.
GANÂNCIA - O Brasil, infelizmente, não segue o otimismo do mercado internacional. Temos apenas duas fábricas e algumas iniciativas independentes em cortes de vinil (aquelas máquinas que fazem um único disco por vez, num lento processo tendo que tocar o disco enquanto se grava).
Apenas duas fábricas operam no Brasil e somadas suas produções anuais não chegam a 400 mil cópias. O que é uma merreca em relação à demanda do mercado. O resultado são preços caríssimos, com um disco nacional sendo mais caro que um disco importado. E grande fila de espera, com um pedido levando até mais que quatro meses para ficar pronto. Há fábricas no exterior que entregam em menos tempo e são mais baratas. A questão esbarra em dois pontos: os tradicionais impostos brasileiros altos e a ganância dos empresários, já que as poucas opções levam a custos/preços caros.
MARINGÁ – A região de Maringá está bem servida de opções para quem quer comprar discos de vinil. Desde os tradicionais sebos (com preços absurdamente incoerentes, com discos raros baratos e fuleiros caros) até as crescentes feiras de discos com colecionadores. Maringá tem duas feiras de discos com perfis bem diferentes. O Clube do Vinil de Maringá (CVM) é a mais tradicional (foto) e tem destaque regional realizando eventos até em cidades da região e com alguns de seus expositores também participando de eventos em outros estados.
O acervo do CVM foge do tradicional de discos usados de MPB e rock tradicional – como Tim Maia e Pink Floyd respectivamente – que tem em todas as feiras e são achados em qualquer lugar. O CVM tem discos novos de gravadoras brasileiras, discos independentes comprados diretamente com as bandas e selos, discos importados, muitas raridades, todos devidamente organizados nas caixas. E também os tradicionais discos usados, que são higienizados antes de entrarem em venda. E também tem vitrolas e acessórios. Tudo sempre com preços acessíveis.
É comum que um disco lançado no mercado fonográfico brasileiro seja encontrado entre os expositores do CVM na mesma semana do lançamento. O acervo diferenciado é notado e valorizado por frequentadores de ambas feiras maringaenses.
Um fator importante no CVM é que os expositores “conhecem” música, sabem o que estão apresentando. Você não ouvirá numa feira “Ô vizinho, você sabe como é esse disco?...” ou “ô vizinho, você sabe qual disco dessa banda é melhor?...”. A informação é uma ferramenta importante em nossos eventos e isso ajuda nas negociações e contatos.
Em apenas dois meses de 2017 já fizemos feira e bazar cultural em Maringá e participamos de uma grande feira de discos em Curitiba. E já temos eventos agendados em março e abril. O calendário do CVM é atualizado com frequência e está disponível no nosso blog .

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