Quem viu o filme "Alta fidelidade" (“High fidelity”,
2000), estrelado por John Cusak e dirigido por Stephen Frears, se divertiu
bastante se é colecionador de discos de vinil. Quem leu o livro se divertiu
mais ainda, já que há várias sequencias da publicação lançada por Nick Hornby
em 1995 que não entraram no filme.
Como a que Rob Gordon vai na casa de uma senhora avaliar
a coleção de discos do marido que a abandonou para viver com a amiga da filha
do casal. As feiras de discos também estão cheias de histórias
curiosas e personagens caricatos como os desse livro/filme.
BRASIL - Uma curiosidade que os fãs de música brasileira “disseminam”
nas feiras é a brasilidade. O que é a tradicional MPB. Brasilidade aborda até o
que não seria o conceito de MPB chegando até mesmo ao samba rock e ao próprio
rock´n´roll. Por outro lado, alguns discos antigos de MPB acabam ganhando status
de psicodélico. E com isso aqueles discos que nem valem tanto são supervalorizados.
TANTO FAZ - Como aumentam as feiras de discos, sempre tem vendedor
novato que vai na onda e não conhece os discos que vende. Com isso ele não confere
se o disco que comprou para vender corresponde com a capa, não higieniza os
discos antes de vender, coloca em suas caixas discos riscados, entre outras
situações desrespeitando os compradores.
VIZINHO - Também é comum o vendedor novato não conhecer nada de
música e colecionismo. Com isso, passa a feira toda perguntando: “Ô vizinho,
você sabe qual disco dessa banda é melhor?!?”
PESQUISADOR - Ainda entre os vendedores de primeira viagem é comum eles
colocarem os preços pesquisando no Mercado Livre. Ou seja, não conhecem se o
disco é encalhe ou raro e deixam que um site absolutamente sem parâmetros reais
determine o preço.
ESPECIAL - Um tipo bem comum nas feiras é o colecionador que faz
tipo procurando discos raríssimos que quase nunca tem nos expositores só para
fazer uma media e se passar por “conhecedor”. Daí quando acha o tal disco,
sempre vem com uma desculpa de estar sem dinheiro ou que ele procura uma outra
edição diferente porque não tem grana para comprar na verdade.
DETALHE - Um tipo que nem sempre ganha a simpatia dos vendedores é
o colecionador que procura uma prensagem específica de um disco. Tipo a edição
holandesa, de março de 1973, com rótulo amarelo e com a segunda música trocada
pela terceira no lado B. Como se fizesse diferença na hora de curtir o som.
TROCA - É comum entre os novatos tentar fazer trocas mirabolantes.
Tipo levar uma coletânea que vale R$ 10 e pedir para trocar por uma edição rara
que vale R$ 150. Pode parecer ingenuidade, mas tem muita gente que pensa que
vai conseguir esse tipo de troca e voltar pra casa achando levaria vantagem.
Se você se enquadrou num desses perfis, não fique
chateado. O colecionismo de vinis está
cheio de histórias divertidas. Confira no “Alta fidelidade” e se veja em
algumas dessas situações.