quarta-feira, 19 de abril de 2017

O folclore no colecionismo de vinil


Quem viu o filme "Alta fidelidade" (“High fidelity”, 2000), estrelado por John Cusak e dirigido por Stephen Frears, se divertiu bastante se é colecionador de discos de vinil. Quem leu o livro se divertiu mais ainda, já que há várias sequencias da publicação lançada por Nick Hornby em 1995 que não entraram no filme.
Como a que Rob Gordon vai na casa de uma senhora avaliar a coleção de discos do marido que a abandonou para viver com a amiga da filha do casal. As feiras de discos também estão cheias de histórias curiosas e personagens caricatos como os desse livro/filme.
BRASIL - Uma curiosidade que os fãs de música brasileira “disseminam” nas feiras é a brasilidade. O que é a tradicional MPB. Brasilidade aborda até o que não seria o conceito de MPB chegando até mesmo ao samba rock e ao próprio rock´n´roll. Por outro lado, alguns discos antigos de MPB acabam ganhando status de psicodélico. E com isso aqueles discos que nem valem tanto são supervalorizados.
TANTO FAZ - Como aumentam as feiras de discos, sempre tem vendedor novato que vai na onda e não conhece os discos que vende. Com isso ele não confere se o disco que comprou para vender corresponde com a capa, não higieniza os discos antes de vender, coloca em suas caixas discos riscados, entre outras situações desrespeitando os compradores.
VIZINHO - Também é comum o vendedor novato não conhecer nada de música e colecionismo. Com isso, passa a feira toda perguntando: “Ô vizinho, você sabe qual disco dessa banda é melhor?!?”
PESQUISADOR - Ainda entre os vendedores de primeira viagem é comum eles colocarem os preços pesquisando no Mercado Livre. Ou seja, não conhecem se o disco é encalhe ou raro e deixam que um site absolutamente sem parâmetros reais determine o preço.
ESPECIAL - Um tipo bem comum nas feiras é o colecionador que faz tipo procurando discos raríssimos que quase nunca tem nos expositores só para fazer uma media e se passar por “conhecedor”. Daí quando acha o tal disco, sempre vem com uma desculpa de estar sem dinheiro ou que ele procura uma outra edição diferente porque não tem grana para comprar na verdade.
DETALHE - Um tipo que nem sempre ganha a simpatia dos vendedores é o colecionador que procura uma prensagem específica de um disco. Tipo a edição holandesa, de março de 1973, com rótulo amarelo e com a segunda música trocada pela terceira no lado B. Como se fizesse diferença na hora de curtir o som.
TROCA - É comum entre os novatos tentar fazer trocas mirabolantes. Tipo levar uma coletânea que vale R$ 10 e pedir para trocar por uma edição rara que vale R$ 150. Pode parecer ingenuidade, mas tem muita gente que pensa que vai conseguir esse tipo de troca e voltar pra casa achando levaria vantagem.
Se você se enquadrou num desses perfis, não fique chateado.  O colecionismo de vinis está cheio de histórias divertidas. Confira no “Alta fidelidade” e se veja em algumas dessas situações.

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