Quando um artista morre é comum a comoção dos fãs (ou não)
na internet. Fica a impressão que repentinamente, todo mundo virou fã do
falecido. Mas, não foi o caso de Kid Vinil. O artista morreu aos 62 anos, no dia
19 de maio, depois de passar mal e sofrer uma parada cardíaca num show em Minas
Gerais e ser internado num hospital em São Paulo.
Kid Vinil realmente era muito querido no meio musical
brasileiro. Tanto pelo seu trabalho nas bandas - Verminose, Magazine, Os Heróis
do Brasil , Kid Vinil Xperience - ou como DJ. Além de apresentador de programas
televisivos e radiofônicos. E. claro, como colecionador de discos.
O sucesso e destaque são explicados pelo perfil que Kid
Vinil tinha em formar público. Ou seja, de apresentar coisas para as pessoas
sem se preocupar se eram populares, sucesso ou não. E isso tinha identificação
com muita gente no meio musical.
Conheci o Kid Vinil numa feira de discos (foto) na Vila
Madalena, em São Paulo, em 2011. O papo fluiu bem justamente pela semelhança no
tipo de trabalho que fizemos na loja O Porão e fazemos no Projeto Zombilly. Seja
no programa Zombilly no Radio, na produção de shows independentes, no Clube do
Vinil de Maringá. O underground fica (muito) acima do mainstream, numa
tentativa de mostrar algo bacana para melhorar a vida das pessoas.
Assim o trabalho e história de Antônio Carlos Senefonte fica
para a história como um exemplo de vida, sem espaço para o egocentrismo e a ganância
.
Texto e Foto: Andye Iore
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