As lojas de departamento no Brasil ainda não conseguiram “embarcar”
no mercado fonográfico brasileiro. As poucas que tomaram a iniciativa ainda
estão tímidas e até já reavaliaram sua estratégia parando de atualizar o
acervo. Na minha última visita em uma das lojas verifiquei uma pequena caixa com míseros nove LPs.
A paranaense Livrarias Curitiba parou de comprar discos
de vinil e o que sobrou nas lojas está indo para o site. Segundo informações
não oficiais em conversas com funcionários, a empresa avalia os procedimentos
sobre os discos de vinil, como compra de discos importados.
Quem frequenta as lojas da rede paranaense vê discos
gringos muito mais caros dos que são vendidos em lojas e feiras de discos. Alguns
até em aproximadamente 80% mais caros. A empresa não só não conseguiu comprar
no atacado com bom preço, como comprou muitos discos equivocadamente. Que tem
edição nacional ou não tem público por aqui.
E também encheram as lojas com discos da Polysom que tem em muitos lugares e com preços muito diferentes, já que a política de preços da Polysom é outra coisa que precisa ser revista também.
E esse é outro problema comum em lojas de departamento.
Ter funcionários que não conhecem o mercado fonográfico, não sabem sobre
colecionismo e orientar os clientes e colecionadores sobre os discos, artistas.
E quem compra para as lojas também não tem muito embasamento. O que acaba dificultando ainda
mais as vendas.
A paulistana Livrarias Cultura também segue o mesmo caminho
com muitos discos de vinil encalhados há meses nas 18 lojas da rede em sete
estados.
DESIGN - O que também acaba fazendo parte do perfil dessas
redes, já que é comum a venda de aparelhos de som de baixa qualidade. Como
esses de design retrô que acabam tendo problemas facilmente. E são caros. Ou seja, as vendas de vinil cresceram no mundo todo e as redes se empolgaram
achando que era só colocar qualquer coisa nas prateleiras que venderia fácil. O
colecionador de discos não é bobo...
Texto e foto: Andye Iore
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