quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
O que esperar do mercado fonográfico brasileiro em 2020?
O consumo de qualquer produto está vinculado à situação econômica. No caso de discos de vinil, há um problema por ser produto supérfulo. Pessoa com problema financeiro não vai comprar coisas que não precisa. Pior é com a cotação levando o Real para baixo em relação ao Dólar, Euro e Libra. O que distancia a pessoa de discos importados. Mas, o colecionador de discos tem um perfil peculiar. Ele compra discos mesmo se não tiver grana sobrando. Passa fome, mas não fica sem o disco que deseja.
Assim, a expectativa de quem compra e vende discos é muito positiva para 2020. Apesar da situação complicada em 2019, o ano terminou muito bem para quem trabalha com discos. Principalmente considerando que o mercado foi bem aquecido por muitos lançamentos nacionais. Seja por selos, pelas fábricas ou pelos próprios artistas. E em todos os gêneros. Há discos novos de rock, MPB, eletrônico, RAP. Acho até que a oferta é maior que a demanda... que foi muito boa durante todo o ano.
Um aspecto do perfil atual do mercado fonográfico diferente do que era antes até a década de 1990 é a opção de formatos diferentes. Antes, grande maioria era o tradicional bolachão preto. Hoje há grande variedade de discos coloridos, pictures, pesos, holográficos, capas com designs criativos, entre outros que exigem sorte, persistência e paciência. Ou seja, colecionar discos hoje é um desafio não só financeiro. Deu um "grau" a mais no aspecto do colecionismo.
Texto e foto: Andye Iore
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