quarta-feira, 31 de agosto de 2016

"The get down" destaca o vinil na criação do RAP


Passada a euforia dos fan series sobre “Strange things” [você ainda não viu?!?] , a serie badalada do momento dá uma grande destaque para a cultura dos discos de vinil. “The get down” está disponível no NetFlix e é ambientada no Bronx, em Nova York (EUA), no final da década de 1970. Período de crise econômica e de grande efervescência cultural no underground.
A serie é baseada no drama de diferentes núcleos, como fanáticos religiosos imigrantes, romances fadados ao fracasso, comerciantes rebolando para manter o negócio aberto, entre outras situações.
Mas são nos sonhos artísticos que a serie tem seu forte, apesar do clima “Malhação” para quem está mais inteirado na cultura hip hop. Daí surgem a menina que tem uma ótima voz e que ser a nova estrela da discoteque, o filosófico grafiteiro, o aluno que tem talento com as palavras, o traficante que sonha abandonar o crime e ser um grande DJ. E tudo isso se relaciona muito bem entre os seis episódios da primeira temporada.
Vale ressaltar que “The get down” é muito mais cultural que a serie “Vinyl” que teve grande badalação da crítica, mas sucumbiu na audiência pela sua superficialidade. A serie com black music cita e mostra varias e varias vezes nomes importantes na história da música negra americana como Kool Herc, Afrika Bambaataa, Grandmaster Flash, entre outros secundários, que foram a base na criação do RAP.
E, claro, diversas cenas tem o disco de vinil como protagonista. Seja nas discotecagens em festas e casas noturnas, seja na reunião de amigos em casa olhando coleções nas prateleiras. Duas cenas merecem destaque: uma no começo onde um garoto rouba um disco raro de uma loja para impressionar a amada. Sendo que o mesmo disco é procurado por um traficante que quer agradar um amigo DJ.
E, a mais bacana de toda a primeira temporada: o descobrimento do scratch, técnica usada por DJ´s para conseguir percussão e diferentes sons com os vinis. Sim, seu tonto, não existe “squash” como alguns brasileiros desavisados costumam falar. Scratch é arranhar em inglês, sobre o movimento de vai-e-vem que o DJ faz no disco. Sim, realmente dá uma pena em ver o disco sendo riscado com giz de cera para marcar o ponto da batida. Mas, nem todo mundo trata um disco de vinil como um ursinho de pelúcia.
A serie foi criada por Stephen Adly Guirgis e Baz Luhrmann, que já trabalhou em filmes melosos, destacando mais o visual que o enredo como “Vem Dançar Comigo” (de 1992), “Romeu + Julieta” (1996) , “Moulin Rouge” (2001), “O Grande Gatsby” (2013). Perca uma noite de sono ou dedique o final de semana para ver a primeira temporada de “The get down” de uma vez e tenha uma boa diversão.
Texto: Andye Iore / Fotos: Divulgação

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Clube do Vinil de Maringá participa do Maringá Rock


O Clube do Vinil de Maringá está mais uma vez num festival de rock. Dessa vez participaremos amanhã (13) da quinta edição do festival Maringá Rock, no Armazen Bar. Estaremos num estande com discos novos e usados, sendo que os expositores aceitam pagamento com cartão e compram e trocam discos. O acervo está renovado em relação à última feira que fizemos na cidade em julho.
O Maringá Rock é organziado pelo Esquema Rock Livre e tem esse ano como headliner a lendária banda Casa das Máquinas. Também tocam as locais Seres Inteligíveis, StolenByrds, Fracasoul, Dog Day, Cafedelic, Laundromaths e Conservantes. O evento tem ainda bazar cultural e barbearia.
O Armazen Bar fica na rua Joaquim Duarte Moleirinho, 4392. O festival Maringá Rock abre às 16h. Informações: (44) 9904-3031.
Leia entrevista com o tecladista do Casa das Máquinas, Mario Testoni, feita pelo Projeto Zombilly.


sábado, 6 de agosto de 2016

Entregador sofre para entregar coleção de discos


O “Guerra de entregas” é um reality show do canal A&E que mostra a rotina de trabalho de entregadores que monitoram leilões de encomendas pela internet. Quem oferece o menor valor no leilão, ganha o direito de ir até a cidade onde está a encomenda e levar para o destino. Sempre tem cargas incomuns como animais vivos, objetos raros de coleção, bonecos gigantes, entre outras que deixam os entregadores em situação ruim. A entrega precisa ser num prazo, geralmente curto, e sem danos. Caso contrário, é descontado no pagamento.
Num dos programas a carga era uma coleção de discos de vinil (imagens acima). E era uma coleção bem considerável com 15 mil álbuns de jazz, a maioria rara. O problema é que os discos estavam num porão e o entregador Dusty – um dos mais atrapalhados do programa - esqueceu de perguntar como estava a coleção.
Ele acabou chegando no local sozinho. E teve que colocar todos os discos por conta própria em caixas e depois em seu caminhão. Sobe e desce escada, carrega disco pra lá e pra cá... deu até pena do rapaz se esforçando para carregar 150 caixas com os vinis. Ele tinha apenas 6 horas para entregar a coleção para uma loja que havia comprado.
Para nós que fazemos feiras de discos foi bem divertido ver esse episódio e lembrar dos perrengues carregando as caixas de discos para os eventos. Para quem não viu ainda a serie "Guerra de entregas" há alguns episódios no site do A&E.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Third Man Rec faz primeira audição de disco no espaço


O visionário Jack White deu mais um salto na tecnologia dos discos de vinil. Agora ele comemorou o aniversário de sete anos de seu selo Third Man Records tocando um disco no espaço. A façanha aconteceu no dia 2 de julho quando um balão de ar subiu aproximadamente 28 quilômetros tocando a sinfonia “Cosmos”, de Carl Sagan, numa vitrola batizada de Icarus Craft.
A aventura espacial musical durou 1h21. O balão subiu carregando uma pick  up, câmeras de vídeo e caixas de som. O disco foi feito de ouro para aguentar os efeitos da atmosfera e temperatura, já que se fosse de vinil teria sua forma expandida e reduzida e a uma certa altura não tocaria mais. O aparelho foi regulado no modo repeat e quando começou o processo de descida, entrou no modo travado para preservar a agulha e o disco.
RESGATE - Jack White faz um trabalho de pesquisa e preservação da história do vinil, tendo restaurado cabines de gravação, entre outras iniciativas. Seu segundo disco solo, “Lazaretto”, lançado em 2014, tem faixas escondidas, hologramas e uma música com duas introduções diferentes conforme o encaixe da agulha nos sulcos.
Texto: Andye Iore com informações traduzidas da Thrid Man Rec
Imagens: Third Man Rec