quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Vinyland volta com parceria entre DJs



O projeto de discotecagem com vinis Vinyland retorna num novo formato em Maringá. A ideia dos organizadores Andye Iore e Adriano Haveck é reunir os DJs de Maringá e região para uma interação entre eles, com música, troca de discos, cerveja e bate papo. A primeira edição será no próximo sábado (29) na loja O Porão Discos (rua Lauro Werneck,787, em frente a UEM), com entrada gratuita. A loja abre às 9h e as discotecagens começam às 14h. A ideia não é fazer uma balada e sim ter um ponto de encontro para quem curte discos de vinil.

O formato será com um rodízio entre quatro DJs que apresentarão sets diferentes:
- Haveck – alternativo / eletro
- Andye Iore – Kraftwerk
- Estevão Maranho – brasilidades
- Marco Molina – rock / pop

Maringá tem uma intensa cena de DJs. Mas sem muita interação entre eles. Assim há projetos de rock, RAP, música brasileira. E até um soundsystem com reggae, dub e ska que há tempos ocupa espaços públicos reunindo amigos nas ruas. O que não é muito comum nem em grandes centros e acontece em Maringá.


ORIGEM – O Vinyland foi criado em Maringá em 2015 no extinto bar The Joy, reunindo amigos que curtem discos de vinil. O evento Vinyland desse sábado (29) tem apoio da Escola de Música Fabio Alencar, Cervejaria Operária, Blog do Rigon e Clube do Vinil de Maringá (CVM).

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Colecionadores abrem lojas de discos no Sul



O mercado fonográfico tem uma intensa movimentação na região Sul do Brasil. Além de diversas e frequentes feiras de discos, a nova mobilização agora é a abertura de lojas físicas. A aposta dos colecionadores vendedores é que a demanda aumente cada vez mais, já que os selos e gravadoras brasileiras ampliam seus catálogos a cada mês. Assim é frequente a oferta de discos de MPB, rock nacional e RAP. Tantos de títulos inéditos quanto de reedições.

O Paraná é onde se concentram as lojas mais novas. E em Santa Catarina os pontos estão mais estabelecidos, com algumas lojas já há quase cinco anos. Curitiba tem uma maior variedade de lojas, mas com foco nos discos usados, na categoria de sebos. Havendo uma carência em títulos novos, com uma iniciativa ainda tímida de quem oferece aos seus clientes as novidades justamente por serem mais caras. Entre as que já atuam no mercado e participam das feiras de discos estão Nova Garagem, Sebo Alternativo, Joaquim Livros & Discos, Sonic Discos, Savarin, entre outras. E é justamente em Curitiba a próxima loja que será inaugurada: Erlon Discos.

SEM NOÇÃO - Também vale apontar o perfil de sebos um aspecto negativo onde é comum os discos ganharem preços após uma “alienada” pesquisa no Mercado Livre, fazendo com que os sebos tenham preços mais caros que o que os discos valem. Selecionamos para essa reportagem as lojas que estão mais frequentes nas feiras de discos na região Sul ou que abriram recentemente. Curiosamente, o empreendedorismo não está ligado à economia e sim ao lado cultural. A maioria dos empresários é colecionador ou já trabalhou com algum aspecto musical anteriormente.

UNDERGROUND

Maringá (a aproximadamente 425km de Curitiba) teve por oito anos uma das principais referências do rock independente no Paraná. A loja O Porão Discos era um sebo genérico que no começo da década de 1990 foi comprado pelo jornalista Andye Iore (foto acima). O sebo foi transformado numa loja de rock e foi destaque com acervo baseado no underground e produção de eventos independentes com bandas de todo o país. A loja foi reaberta em junho desse ano – 20 anos depois - seguindo o mesmo perfil. “Hoje é muito diferente. Não há o interesse para conhecer coisas novas pelo comodismo que a internet oferece”, comenta o proprietário Andye Iore. “Eu coloco material das bandas de Maringá na loja, sendo que algumas delas ainda nem vieram conhecer a loja. Ou seja, nem os próprios músicos se importam em divulgar seu trabalho hoje”.

Mesmo assim, é possível encontrar compactos 7”, demo tapes e fanzines como era na loja na década de 1990. O que caracteriza um bom diferencial em relação às feiras de discos, sebos ou outras lojas. Mas o destaque da loja são os discos de punk, heavy metal e alternativo, com muitas raridades e até lançamentos importados, que eram vendidos até então como Projeto Zombilly.

ERLON DISCOS
A loja mais nova no segmento está em Curitiba. A Erlon Discos será inaugurada em outubro no centro da cidade. “Pensei em reunir num local as coisas que gosto de fazer, como ouvir musica, reunir amigos, comprar, trocar, vender discos. O que é uma grande paixão minha”, explica o colecionador Erlon Capos (fotoacima), 59 anos, que frequenta as feiras de discos curitibanas como colecionador e vendedor.
O acervo será variado para todos os públicos. “Eu acredito que o mercado está crescendo. E que ainda tem muito chão para ser explorado. Por isso estou investindo nesta ideia”, justifica.

TANGERINE
Outra loja aberta recentemente foi a Tangerine Recrods, em Ponta Grossa. “Percebi que na cidade não havia nada além de sebos, que vendiam discos em péssima qualidade, com preços altíssimos”, explica o dono Felipe Dorochenko, 32 anos. “Existe um público considerável que coleciona vinil e procura bastante”.  
O acervo é basicamente de rock, mas também há outros gêneros. “Hoje é fácil pras bandas gravarem e lançarem seu material. Mas a divulgação é complicada. E conseguir lucro com o som autoral também. Mas, é bom ver a galera batalhando. Por isso acho que o jogo pode virar ainda”, comenta sobre o mercado fonográfico.

CATARINA
Em Santa Catarina as lojas já estão estabelecidas há mais tempo. Selecionamos três delas que são ativas nas feiras de discos no Sul.
Em Blumenau (a aproximadamente 156km de Florianópolis) tem uma loja estabelecida há quase três anos. 

A Enigma Discos tem acervo variado com discos novos e usados, nacionais e importados.
“Foi uma oportunidade de negócio aliando o hobby com o retorno do vinil”, explica o proprietário Ayrton Muegge (foto ao lado), 33 anos. 

Ele acha que o mercado fonográfico no Brasil crescerá mais impulsionado pelas fábricas lançando mais discos novos.

ROQUEIRO
A Limbo Bazar do Rock, em Jaraguá do Sul (a aproximadamente 190km de Florianópolis) , existe desde 2013. “Sempre gostei de música e sou músico, sempre tive essa vontade de estar envolvido com música em todos os sentidos”, lembra o dono Heriberto Werner (foto abaixo), 40 anos. 



A Limbo tem todos os gêneros, com foco no rock. “Acho que o mercado vai melhorar porque a galera está se interessando mais por LP agora”, avalia.

TUMBA
Em São José (a aproximadamente 19km de Florianópolis) há uma loja há mais tempo no mercado. A Tumba do Faraó Discos é focada no rock há cinco anos. “Quis juntar tudo e ser dono do próprio negócio”, informa o dono Felipe Nobre (foto abaixo), 35 anos, que já tocou em bandas, produziu shows e organiza eventos.  
Ele aposta num crescimento do mercado fonográfico, ressaltando que seus bons resultados são em cima de bons preços, enquanto outros inflacionam o mercado com discos caros.


LOJAS DE DISCOS
- O PORÃO DISCOS
Desde década 1990, reaberta em junho de 2018
Rua Lauro Werneck, 787, sala 9
Maringá (PR)
(44) 3040-1970
@oporaodiscos

- ERLON DISCOS
Abertura: outubro de 2018
Rua Almirante Tamandaré, 938 , Alto da XV
Curitiba (PR)
Fone: (41) 98864-1607
Facebook: @erlon.discos.3

- TANGERINE RECORDS
Abertura: junho de 2018
Rua Doutor Penteado de Almeida, 764
Ponta Grossa (PR)
(42) 9976-3515
Facebook: @tangerinerecordspg

- TUMBA DO FARAÓ DISCOS
Abertura: 2013
Rua Gaspar Neves, 129, centro
São José (SC)
(48) 99624-7700
Facebook: @tumba.d.farao

- O LIMBO BAZAR DO ROCK
Abertura: 2013
Rua Presidente Juscelino, 123
Jaraguá do Sul (SC)
Fone: (47) 3374-0910
Facebook: @limbobazardorock

- ENIGMA DISCOS
Abertura: online em 2014 , física em 2016
Rua Padre Jacobs , 161, sala 7
Joinville (SC)
fone:  (47) 99203-5381
Facebook: @enigmadiscos

Texto e fotos: Andye Iore

Mercadão recebe o Clube do Vinil de Maringá


Será realizada no próximo sábado (15) , entre 10h e 19h, no Mercadão de Maringá (avenida Prudente de Morais, 601), a 32ª edição da Feira do Clube do Vinil de Maringá (CVM). O evento reúne colecionadores da região com discos de vinil, artesanato, camisetas, decoração, acessórios, entre outros.  A entrada é gratuita. A feira reúne novos expositores nessa edição com material diferenciado que é destaque em outros eventos como em Londrina, Curitiba, Santa Catarina e São Paulo.

A regularidade da feira maringaense acompanha a intensa movimentação do mercado fonográfico brasileiro.  Há discos de MPB, rock nacional e RAP saindo toda semana. Os selos, gravadoras e fábricas impulsionam o mercado oferecendo uma grande variedade de discos novos e relançamentos de títulos que estavam fora de catálogo há anos. E ainda com a fábrica paulistana Vinil Brasil prestes a colocar em atividade mais uma prensa, o que aumentará a produção, atendendo a demanda nacional. 
Também há lançamentos de artistas estrangeiros, mesmo com a desvalorização da moeda brasileira, o que acaba encarecendo os discos. Também há promoção na feira com discos usados a partir de R$ 5, com os expositores também trocando discos. 


Alguns discos novos que estarão na 32ª Feira do Clube do Vinil de Maringá:
-João Donato – Raridades Anos 70
- Zé Ramalho – Um Dia Antes
- Raul Seixa - “Metrô Linha 743” (reedição)
- Mano Brown – Boogie Naipe
- Autoramas – Libido
- Jards Macalé – Só morto ao Vivo
- Riviera Gaz – Connection
- Alice in Chains – Rainer frog
- Morrissey – This is Morrissey
- Gorillaz - The Now Now
- Breeders - All Nerve
- Death Cab For Cutie – Thank You for...

O CVM também já prepara a edição de 4 anos do Clube do Vinil de Maringá que srerá realizada em outubro. Vale lembrar que os restaurantes e bares do Mercadão  ficam abertos até o começo da madrugada. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

SBT faz reportagem no CVM


A Rede Massa/SBT fez uma reportagem no Clube do Vinil de Maringá (CVM).As imagens e entrevistas com expositores e colecionadores são da 31a Feira do CVM realizada no dia 18 de agosto de 2018, no Mercadão de Maringá. A reportagem foi ao ar no Programa Destaque, feita pela jornalista Mariana Kateivas, pelo repórter cinematográfico Creval Sobrinho e teve edição de Carlos Bonette. 
Veja aqui na página do Facebook da Rede Massa