A volta dos que não foram

Muito se fala na internet na “volta do vinil”. Para os colecionadores de discos de vinil, isso é uma grande bobagem. Isso porque quem coleciona long plays não parou de comprar mesmo com o crescimento avassalador do CD no mercado fonográfico em meados da década de 1990. Incluindo o fechamento das fábricas de discos de vinil no Brasil. O que até hoje tem efeito, já que, oficialmente, somente uma fábrica no Rio de Janeiro produz os bolachões atualmente. Os colecionadores continuaram comprando discos. Seja em sebos, seja pela internet em lojas gringas.

Os desavisados – ou mesmo desinformados – divulgam que 2014 foi o ano da volta do vinil (lembrando que ele nunca foi embora). Somente nos Estados Unidos houve um crescimento de 38% nas vendas de discos de vinil em 2014 em relação a 2013. Foram 8,3 milhões de discos vendidos no ano, sendo quatro vezes mais que há quatro anos, segundo o Digital Music News (veja abaixo).Na Inglaterra, o volume foi menor em 2014, mas apresentou uma marca que chamou a atenção da imprensa. Foi a primeira vez desde 1996 que as lojas venderam mais de um milhão de discos de vinil.

O crescimento da venda de vinil acaba trazendo outros mercados na cola. Há uma grande procura atualmente por vitrolas e agulhas. O que também faz com que as fábricas lancem novos modelos de aparelhos sonoros. O curioso é que já há até vendas de fita cassete novamente.

Sem contar as feiras de discos de vinil que reúnem colecionadores em diversas cidades brasileiras. Somente no 18 de janeiro aconteceram feiras de discos de vinil em São Paulo, Curitiba e Maringá. A feira maringaense reúne colecionadores da região como Cianorte, Paranavaí, Londrina e Arapongas e vai para sua quinta edição mensal, feita no formato itinerante em pontos culturais de Maringá, sempre com entrada gratuita.

DISCOS VENDIDOS EUA:
• 2014 - 8,3 milhões
• 2013 - 6 milhões
• 2012 - 4,6 milhões
• 2011 - 3,9 milhões
• 2010 - 2,8 milhões
• 2009 - 2,5 milhões
• 2008 - 1,9 milhão
• 2007 - 1 milhão