sexta-feira, 7 de junho de 2019

As independentes precisam se organizar



Independente da situação econômica do Brasil ainda estar patinando, sofrível, o mercado fonográfico brasileiro está aquecido. Há lançamentos constantes de artistas brasileiros seja de rock, MPB, RAP, entre outros.


Mas os selos independentes carecem de maior organização e planejamento. Ainda apontado como caro – no embalo da desvalorização do Real – o disco também é lançado sem considerar uma política de acordo com o mercado nacional.
Com isso há diversos lançamentos em edições duplas, justamente num momento que não há dinheiro sobrando nos bolsos dos colecionadores para comprar discos mais caros.

Outro problema é quando a banda lança o disco por conta própria e não considera preço para varejo e atacado. Já aconteceu de uma banda vender seu disco por R$ 80 por conta própria para o público e por R$ 70 no atacado para lojistas. O que inviabiliza a compra para revenda por lojistas. Porque além de ser uma media de custo alto, a pouca diferença entre atacado e varejo faz com que lojista tenha dificuldade e os discos demorem mais para venderem.

Também já teve selo independente exigindo compra mínima de dez cópias e com pagamento à vista. O que nem gravadoras maiores exigem, geralmente.

Sem contar aquelas “parcerias” tipo o selo ganha tudo e a banda/artista fica pela divulgação. Há “contratos” onde a banda ganha 20% da tiragem dos discos como sua parte no lançamento.
Sem uma política e organização dos custos e preços de vendas, ainda haverá dificuldades para todos os envolvidos: selos, gravadoras, lojistas e colecionadores.

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