quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Independentes precisam se organizar - Parte 2

Em junho do ano passado publicamos texto citando situações comuns a selos independentes no Brasil. Como preços, distribuição, divulgação, entre outros procedimentos envolvendo a rede: selos, gravadoras, lojistas e colecionadores.

Além da situação econômica do país estar patinando, 2020 piorou com a pandemia de coronavírus. Curiosamente, mercado fonográfico esteve aquecido durante todo ano. Vendas aumentaram, e muito, pela internet. 

Nas fábricas, posturas diferentes. Polysom vendeu somente seu catálogo segurando lançamentos para 2021. Vinil Brasil se aventurou e ampliou suas pesquisas e testes. E lançou muita coisa. Além dos diversos fabricantes artesanais riscando discos em casa por conta própria. 

Vamos listar aqui situações que tivemos com selos independentes em 2020. Intenção é que segmento converse, debata e se organize melhor. Não é crítica e apontar defeitos, já que trabalho é difícil para todos. Mas é comum selos atuarem por conta própria sem compartilhar formas de trabalho e organização com outros selos. 

• sem política de preço. Banda/selo vende disco por conta própria por R$ 70 e para atacado (revenda) por R$ 80. Diferença pequena inviabiliza que lojas consigam comprar e vender disco;

• exigência de pedido mínimo e pagamento à vista. Lojas pequenas demoram mais para vender discos independentes. Pedir quantidade mínima inviabiliza lojista a fazer acervo com discos independentes. Também que lojista consiga pagar no prazo, porque foi "obrigado" a comprar mais que consegue vender. Ideal é fazer escala de preços: à vista R$ xx, pagar em 15 dias acréscimo de xx%, pagar em 30 dias mais xx%...

• sem organização para receber pedidos. Revendedor entra em contato com selo pelo telefone, por email ou mensagem e não recebe resposta, não é atendido;

• situação que cresceu em 2020: discos feitos em campanhas colaborativas. Organização não prevê quantidade para venda ao público. Assim, discos são distribuídos entre parceiros - alguns nem vendem seu lote - e não há discos disponíveis para quem não participou do processo e se interessa em comprar depois;

• selos fazem pré-venda sem restrição entre atacado e varejo. Tem sido comum discos na pré-venda esgotarem rapidamente. Nem sempre tiragem é pequena. Acontece que algumas pessoas (lojistas?!?) compram muitas cópias e isso diminui número de fãs da banda que tem acesso ao disco mais barato. Com disco esgotado, quem comprou muitas cópias inflaciona o valor, prejudicando fãs que querem comprar;

• maioria dos lançamentos não tem divulgação. É bem comum discos saírem sem release. Loja que não é especializada não consegue vender disco. Ele é colocado no acervo e fica lá sem atrativo. Um release pode ser impresso pelo lojista e colocado na parede da loja e até mesmo na capa ficando à mostra para cliente ler e se informar; 

• planejar lançamento e distribuição do disco. Imagina trabalho que dá para banda passar anos comprando instrumentos, ensaiando, compondo, ralando pra juntar grana para fazer disco. E depois outra ralação por parte da gravadora/selo em viabilizar o disco na fábrica. Nem todo mundo tem Facebook ou Instagram como fonte de informação. Por isso, é necessário pensar em outras formas de contato, divulgação, venda, distribuição dos materiais para que eles possam ser mais conhecidos e gerar interesse em lojistas e colecionadores; 

• falta retribuição no "esquema". Parceria de um lado só, não é parceria. É muito mais fácil para loja vender 12 discos do Guns´n´Roses que um da banda de garage punk gothic new wave indie metal.... quando lojista se interessa por um disco independente, selo/gravadora deve dar apoio, divulgar a loja em seus canais. Alguns selos não percebem essa situação e acabam "atravessando" negociação da loja com clientes na mesma cidade ou região. Assim, lojista não vende discos que comprou e não volta a comprar mais do mesmo selo, optando por fazer próxima compra de selo mais parceiro; 

• uma reclamação comum entre bandas que querem gravar disco é que é muito difícil fazer tiragem mínima de 300 cópias. Para banda independente/underground não é fácil juntar dinheiro para pagar essa tiragem. Mesmo que custo médio encareça, uma tiragem menor aumentaria muito número de bandas fazendo discos. Consequentemente, ampliaria opções em outros pontos da rede. A Vinil Brasil fez teste com tiragem menor esse ano; 

Esperamos que 2021 seja ano bom para todos. E que mercado fonográfico brasileiro possa crescer ainda mais. Vale ressaltar que não é fase, moda, "bolha"... é um mercado reestruturado,  caminhando para ser melhor que era antes. Todas situações listadas aqui, se organizadas, ajudam selos/gravadoras a venderam mais discos e mais rapidamente. Com isso, fazem mais discos consequentemente. 

• Leia texto que publicamos em 7 de junho de 2019 falando sobre selos independentes brasileiros. 

As fotos que ilustram esse post tem discos comprados diretamente com selos e bandas brasileiras pela loja O Porão Discos, de Maringá (PR). Além do acervo, discos são levados para feiras de discos em dez locais diferentes em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, divulgando bandas e selos. 
Página no Instagram: @oporaodiscos 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Banco usa discos de vinil em comercial sobre Pix


O banco Bradesco colocou no ar uma publicidade usando discos de vinil. Comercial é estrelado pelo surfista Gabriel Medina.
Propaganda de 30 segundos começa mostrando uma grande quantidade de discos em prateleiras e, em seguida, uma pessoa olhando discos numa loja. Ela escolhe um vinil e paga no balcão da loja usando o telefone celular no sistema Pix, de pagamento eletrônico, que foi implantado no mês passado no Brasil.

E em seguida diversas situações de clientes pagando contas com o telefone celular em comércios. Como cafeteria, lanchonete, estúdio de tatuagem e balada.

• Veja aqui o comercial do Bradesco

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Fábrica lança o Vinil Brasil Clube

A fábrica de discos Vinil Brasil, em São Paulo, abriu assinatura para o Vinil Brasil Clube. Primeira edição é disco da banda carioca Black Rio. Tiragem é de apenas 600 unidades, sendo 500 discos pretos e 100 marrons. 

O clube lançará em edição limitada discos de músicos brasileiros com assinatura prévia. Esses títulos não serão vendidos em loja. Formato é focado em colecionadores. 

Esse formato é muito comum nos Estados Unidos e Europa. Até bandas costumam fazer assinaturas exclusivas de discos limitados para os fãs que assinam canais dos grupos. Discos costumam valorizar muito logo após o lançamento da próxima edição, já que não é feita uma segunda tiragem. 

No Brasil, clube de assinatura mais conhecido é do Noize Record Clube, que está na 42ª edição. E alterna discos de artistas badalados com outros desconhecidos.

Já em São Paulo, os parceiros Assustado Discos, Goma Gringa e EAEO Records, criaram o Três Selos no ano passado. Eles lançam artistas mais contemporâneos em tiragem de apenas 300 unidades. 

• Confira site da Vinil Brasil


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

CVM cumpre protocolo de segurança contra coronavirus


Os eventos do Clube do Vinil de Maringá (CVM) retornaram no dia 17 de outubro depois de sete meses suspensos em prevenção ao coronavírus. Reencontramos os amigos e colecionadores no Mercadão de Maringá. E com todos cuidados contra coronavírus. As mesas dos estandes estavam distantes, ambiente arejado, álcool em gel em todos estandes e todos expositores usando máscara de proteção e sem aglomeração. 

Agradecemos quem participou ou ajudou de alguma maneira. Confira abaixo fotos de como foi em outubro. Estaremos de volta no dia 7 de novembro, sábado, entre 10h e 18h, com a 49a edição da Feira e Bazar Cultural do CVM com muitas novidades. Até lá!






quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Feiras de discos retornam com redução de casos de coronavírus


Grupos que realizam feiras de discos pelo Brasil vivem expectativa de retornarem suas agendas conforme o quadro do coronavírus for reduzindo em suas regiões. Já foram feitas feiras de discos nos últimos dias em Joinville (SC) e Aracaju (SE). 

A Feira Nacional Curitiba Vinil, principal evento do segmento na capital paranaense, já anunciou que retornará em breve. A Feira do Clube do Vinil de Maringá (CVM) também já retoma os preparativos para reencontrar os colecionadores maringaenses e da região. Volta está agendada para 17 de outubro, próximo sábado, no Mercadão de Maringá (avenida Prudente de Morais, 601). Evento celebra os seis anos do Clube do Vinil de Maringá, que foi criado em 2014.

São oito expositores com vinil, CDs, roupas, artesanato, decoração, acessórios, entre outros produtos a partir de R$ 5. Expositores também compram e trocam discos usados em bom estado. Estandes ficarão no mesmo espaço (foto acima) onde foi a edição de março: nos fundos do corredor, em direção ao banheiro. Sempre com devidos cuidados. Como distanciamento entre clientes e expositores, disponibilização de álcool em gel em cada estande, uso de máscara de proteção e horário reduzido. 

Lembrando que, tradicionalmente, a feira de disco não tem aglomeração de pessoas. Com colecionadores ficando pouco tempo no evento, suficiente para olhar, escolher e pagar os produtos. Sem contar que o espaço é grande e com ampla ventilação. O CVM suspendeu as atividades em março em apoio a prefeitura de Maringá durante pandemia. Retorna agora com protocolos de segurança para expositores, visitantes e funcionários do Mercadão. Previna-se contra coronavirus!

Feira será realizada entre 10h e 18h com entrada gratuita. 


terça-feira, 6 de outubro de 2020

Wi-Fi Kills lança disco novo pela Zoom Discos

A banda curitibana WiFi Kills lançará disco novo em novembro pela Zoom Discos. Compacto 7 polegadas "Melting times" terá quatro músicas: "8 bit man", "Car city", "Repeated movements" e "2d". Tiragem é de 300 cópias. "O disco já está na fábrica e estamos ansiosos para ficar pronto", comenta guitarrista e vocalista, Klaus Koti "Chucrobillyman".

Sons foram das últimas gravações no finado estúdio Ceffeine, em São Paulo. Gravação em fita de rolo ao vivo, com somente vocal em overdub. O fino do garage rock tosquera. 

Outra novidade é que esse será primeiro lançamento da Zoom Discos feito na fábrica Vinil Brasil, em São Paulo. Sócios Leonardo Cavalli e Felipe Sad fecharam acordo com fábrica paulistana e já tem outros títulos na fila. Entre eles discos novos das Jaguatiricas e do Vida Ruim. 

"Melting times" será o 14º título da Zoom Discos. WiFi Kills já lançou split com banda Thee Dirty Rats pelo selo goiano Mandinga Records em 2017. E já lançou dois discos online disponíveis no site da banda: "Water sounds EP" (2016) e "Synchronized errors" (2019).

Banda curitibana tem sonoridade única no Brasil, num new wave garage e ganha fãs a cada show que faz. Formação é uma seleção com músicos de outras bandas curitibanas de garage rock.


DISCOGRAFIA:
• "Water sounds EP" (2016)
• Split Thee Dirty Rats / WiFi Kills (2017)
• "Synchronized Errors" (2019)
• "Melting times" (2020)

• Site do WiFi KIlls
• Site da Zoom Discos
• Site da Vinil Brasil


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Rolling Stone revisa lista dos discos mais importantes da história


A revista Rolling Stone anunciou essa semana a nova lista com os 500 discos mais importantes da história. Lançada em 2003 e com outra atualização em 2012, a relação ganhou novos discos, incluindo muitos contemporâneos. 

Como Arcade Fire, Lady Gaga, Billie Eilish, Taylor Swift, Pixies, Daft Punk, Metallica, Pearl Jam, Radiohed, Tame Impala, entre outros. Além dos discos clássicos, também há alternativos, incluindo discos do underground. Votaram  na seleção centenas de músicos, artistas, produtores e profissionais da indústria fonográfica. 

Confira os dez primeiros na lista dos 500 discos escolhidos pela Rolling Stone:

1 - Marvin Gaye, 'What's Going On' (1971)
2 - The Beach Boys, 'Pet Sounds' (1966)
3 - Joni Mitchell, 'Blue' (1971)
4 - Stevie Wonder, 'Songs in the Key of Life' (1976)
5 - The Beatles, 'Abbey Road' (1969)
6 - Nirvana, 'Nevermind' (1991)
7 - Fleetwood Mac, 'Rumours' (1977)
8 - Prince and the Revolution, 'Purple Rain' (1984)
9 - Bob Dylan, 'Blood on the Tracks' (1975)
10 - Lauryn Hill, 'The Miseducation of Lauryn Hill' (1998)

* Confira a lista completa


sexta-feira, 31 de julho de 2020

Guns´n´Roses lança coletânea dupla em vinil


Será lançada em setembro uma coletânea dupla em vinil da banda Guns´n´Roses. Disco "Greatest hits" lançado originalmente em CD em 2004, ganhará três edições diferentes em vinil 180 gramas com 15 músicas. Uma tradicional em vinil preto, outra limitada colorida e uma picture. Essa última vendida somente no site do banda. 
Disco terá músicas mais famosas e também versões e outras que nunca saíram nos discos oficiais. 

Ainda não há estimativa se banda lançará outro disco inédito. Porém, tem ensaiada para fazre shows após passar pandemia de coronavírus. 

terça-feira, 21 de julho de 2020

Ranking britânico tem vinil a mais de R$ 70 mil


Ranking de discos mais valiosos na Inglaterra coloca vinil do Sex Pistols original a £ 10 mil (aproximadamente R$ 70 mil). Tem sido comum comprações entre edições originais, reedições, ediçoes especiais, discos com gramaturas diferentes. 
Segue lista com os dez discos mais valiosos na Inglaterra:

1 - Sex Pistols: God Save The Queen - £10,000 (R$ 70 mil)
2 - The Beatles: Please Please Me - £6,000 (R$ 42 mil)
3 - Led Zeppelin: Led Zeppelin - £1,500 (R$ 10,5 mil)
4 - Iron Maiden: The Soundhouse Tapes - £1,000 (R$ 7 mil)
5 - Pink Floyd: The Dark Side Of The Moon - £1,000 (R$ 7 mil)
6 - The Who: The Who Sell Out - £800 (R$ 5,6 mil)
7 - The Congos: Heart of the Congos - £750 (R$ 5,2 mil)
8 - The Velvet Underground & Nico: The Velvet Underground & Nico - £600 (R$ 4,2 mil)
9 - King Crimson: In The Court of the Crimson King - £600 (R$ 4,2 mil)
10 - The Beatles: Revolver - £350 (R$ 2,4 mil)

sexta-feira, 3 de julho de 2020

CVM faz feira de discos e bazar cultural online


Acontecerá amanhã, 4, primeira Feira Online do CVM. 
Clube do Vinil de Maringá reúne expositores e amigos apresentando ampla variedade de produtos como discos, cds, camsietas, artesanato, decoração, bijoux, entre outros produtos, a partir de R$ 1 !!!

CVM suspendeu os eventos presenciais desde final de março em apoio às medidas preventivas da prefeitura de Maringá contra coronavírus. 
Itens serão publicado na página do evento no Facebook entre 11h e 16h. Interessados poderão negociar diretamente com a marca/loja independente. Serão nove expositores de Maringá, Marialva, Sarandi e Cianorte. Esse é 47º evento do CVM, primeiro online.

LINK PARA EVENTO

terça-feira, 5 de maio de 2020

Star Wars Day anuncia lançamento de vinil


O Star Wars Day é comemorado pelos fãs no dia 4 de maio. Que foi ontem. Data faz referencia a um dos principais lemas da serie, "May the Force be with you". Relacionando a data com a frase dita nos filmes pelos jedis. 
Uma das novidades desse ano é o lançamento do disco de vinil com trilha sonora do projeto "Shadows of the Empire", feita pelo compostiro Joel McNeely  em 1996. Será a primeira vez que as canções estaarão num vinil. 

"Shadows of the Empire" é um projeto multimidia com livro, videogame, disco e brinquedos. O enredo se passa entre os filmes  "Star Wars: O Império Contra-Ataca" (1980) e "Star Wars: O Retorno de Jedi" (1983). Nunca virou filme, mas algumas situações foram aproveitadas nos filmes seguintes. O disco deve ser vendido por aproximadamente US$ 22 (em torno de R$ 123). 

terça-feira, 17 de março de 2020

CVM suspende feiras e discotecagens


Atendendo orientações da prefeitura de Maringá e órgãos de Saúde, o Clube do Vinil de Maringá (CVM) suspende suas atividades como feiras de discos e discotecagens por tempo indeterminado. Medida visa reduzir riscos de infecção do CoronaVírus (Covid-19), evitando aglomerações de pessoas.

Também não participaremos nos próximos dias de eventos em outras cidades. Vale a precaução para evitar problemas graves como os que aconteceram em países que não tomaram medidas preventivas e hoje tem número crescente de mortes pela doença. 

Desde 2014 temos nossos eventos pautados pelo colecionismo e não pelo lado comercial. 
Não queremos que nenhum de nossos amigos, parceiros, clientes ou fãs de nossos projetos morram ou percam familiares e amigos. Acompanhem pelas nossas páginas na internet as atualizações da situação. 

sexta-feira, 13 de março de 2020

CVM no Mercadão de Maringá


Amanhã (14) estaremos no Mercadão de Maringá. Será em outro espaço dessa vez: no fundo do corredor lateral (lado dos açougues, empórios e lojas). Há um novo espaço vazio que ocuparemos nessa edição. 

Teremos discos usados a partir de R$ 5 e muitas novidades em discos novos.
Quem estiver em São Paulo no domingo, visite a feira Cavi Records na rua Teodoro Sampaio.

AGENDA
• 14 de março – 10h às 18h , CVM, no  Mercadão de Maringá
• 15 de março – Feira Cavi Records, na rua Teodoro Sampaio, em SP
• 21 de março – St Patrick´s Day com discotecagem no bar da Cervejaria Araucária, em Maringá
• maio - feira de discos na Frederico Cervejas, em Ponta Grossa
• 6 de junho - Feira Nacional Curitiba Vinil, n´A Travessa, em Curitiba

sexta-feira, 6 de março de 2020

Lojista mulher busca espaço no mercado fonográfico


A americana Claudia Mendiola-Durán, 35 anos, trabalha para manter sua loja Sonido´s Music em Beltsville, Maryland, EUA.
Com dez anos de experiência no segmento, trabalhando em lojas como a Tower Records, ela decidiu ter o próprio negócio depois que a famosa rede encerrou as atividades. Juntou as economias e comprou US$ 1,2 mil em discos para abrir a Sonidos em outubro do ano passado.

Sentiu não só a dificuldade de começar um negócio, como também o preconceito contra mulheres no mercado fonográfico. Ela é única mulher proprietária na região entre diversas lojas. Preconceito ficou mais evidente ainda quando ela participou de uma feira de discos em dezembro e teve pouco movimento em seu estande. Sexismo foi acompanhando de outro preconceito: contra imigrantes. Ela decorou sua loja com motivos de suas raízes familiares mexicanas.

Apesar das dificuldades, Durán segue empolgada com o trabalho e tenta estimular outras mulheres com sua iniciativa. A Sonidos tem acervo basicamente de discos usados de rock, pop, jazz, country, entre outros.

* Com fotos e informações do DCist.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Metallica cria Clube do Vinil


A banda Metallica mais uma vez faz intervenção no mercado fonográfico. Depois da treta em 2000 por direitos autorais contra o Napster, agora a banda de heavy metal lançou seu próprio Clube do Vinil. O projeto disponibiliza inscrições para pessoas receberem por um valor raridades e discos exclusivos feitos pela banda para o clube. 

O Metallica Vinyl Club começa com quatro compactos 7" que em breve serão anunciados pela banda. Eles justificaram que a iniciativa é para valorizar os fãs e impulsionar o mercado crescente de vinil em todo o mundo. 

As inscrições no clube vão até o dia 31 de março. A taxa anual é US$ 49,99 (aproximadamente R$ 230) que dá direito a quatro compactos, um cartão de download para conteúdo exclusivo e brindes como posters, adesivos, entre outros. 
• Inscrição é no site da banda . 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

A vingança é um disco vendido barato

Uma esposa britânica fez uma vingança diferente do ex-marido. Sonia Barton, 47 anos, de Derbyshire, próximo de Manchester, usou alguns discos da coleção do ex-companheiro para decorar a cozinha (foto) . E foi além. Usou discos de uma maneira que não tem como recuperar para ouvir. 



A mulher gastou mais de R$ 13 mil (em torno de £$ 2,5 mil) para reformar a cozinha e usou alguns discos e botões no piso misturando com resina para fixar os materiais. O casal ficou junto por 13 anos e o relacionamento acabou conturbado, com caso de traição por parte do homem.

LIVRO - O caso é curioso, mas não é inédito. Já há outras notícias sobre. Inclusive, na ficção. O livro "Alta fidelidade", lançado em 1995 por Nick Hornby, e adaptado para o cinema em 2000, dirigido por Stephen Frears, tem uma sequencia bem divertida para quem é colecionador de discos. 

Rob Gordon recebe telefonema de uma mulher para avaliar na casa dela uma coleção que ela quer vender. Ao chegar, ele é levado pela mulher para uma sala onde está a coleção e começa a passar disco por disco. Gordon fica incrédulo com as raridades que encontra. Vários compactos originais de época, sendo primeiros lançamentos de bandas famosas. Certo de que não teria grana para pagar pelo que vale a coleção, ele tem um momento de honestidade e ética. Diz que daria um valor "x" por alguns discos e iria embora porque a coleção é bem valiosa. 

A mulher então faz uma contra-proposta. Me dê "x" [uma mixaria] e leve todos embora. E explica. Os discos são do ex-marido que fugiu com a amiga da filha do casal e foi morar em outra cidade. Ele mandou mensagem dizendo pra ela vender a coleção de discos, pegar metade do dinheiro e enviar outra metade para ele. Então, ela decidiu vender a coleção por uma ninharia e enviar a metade conforme o ex-marido orientou. Irônica vingança. 
Curiosamente, apesar da cena ilustrar bem a rotina de colecionadores e lojistas que compram e revendem discos, a cena foi retirada do filme e consta apenas nos extras do DVD. 

TELA - "Alta fidelidade" também virou serie de TV. Primeira temporada tem dez episódios e começa a ser exibida em 14 de fevereiro na ABC, nos Estados Unidos. Dessa vez, personagem principal será uma mulher. E, claro, mais cenas divertidas de clientes afetados na loja de discos, vendedores de discos arrogantes, listas bacanas de Top 5, entre outros. Veja trailer da serie abaixo: 

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

SP ganha nova feira de discos


A Cavi Records é a nova feira de discos de São Paulo. Primeira edição será no dia 16 de fevereiro de 2020, no domingo, entre 10h e 19h, com entrada gratuita. 
Evento acontece na Galeria dos Músicos, na rua Teodoro Sampaio, 763. Estação de metrô mais próxima é a Oscar Freire. 

Nova feira promete uma maneira diferente de lidar com expositores, organização e taxa de participação mais acessível. O que deve reunir expositores que, até então, não participavam de outros eventos na cidade. Com isso, há um atrativo a mais já que o acervo terá um mix diferente.
Grupo organizador é do pub Cavibar que fica na própria galeria, vende discos e faz eventos ocasionalmente. A organização promete uma feira de discos bacana para todos, com condições de igualdade e justa. A intenção é fazer evento mensal. 
• Confira a página da Feira Cavi Records no Facebook . 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Mercadão abre agenda com feira de discos



O Mercadão de Maringá começa a agenda de eventos em 2020 com o Clube do Vinil de Maringá (CVM). A feira de discos e bazar cultural será realizada amanhã (11) entre 10h e 18h, com entrada gratuita. Mercadão fica na avenida Prudente de Morais, 601, em frente ao estádio Willie Davids.
Entre os materiais estarão discos de vinil, CDs, toca-discos, camisetas, acessórios, bottons, artesanato, entre outros. Essa é a 44ª edição do evento que começou em 2014. O CVM está com acervo atualizado, tanto em discos usados quanto em novos de selos e fábricas brasileiras. Além de discos promocionais a partir de R$ 5. Evento tem discotecagem do DJ Edson Laars.
Também já há uma agenda om eventos em outras cidades, incluindo datas em fevereiro e março. Os bares e restaurantes do Mercadão ficam abertos até o começo da madrugada. Fotos desse post são de edição anterior em dezembro de 2019. 


quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

O que esperar do mercado fonográfico brasileiro em 2020?


O consumo de qualquer produto está vinculado à situação econômica. No caso de discos de vinil, há um problema por ser produto supérfulo. Pessoa com problema financeiro não vai comprar coisas que não precisa. Pior é com a cotação levando o Real para baixo em relação ao Dólar, Euro e Libra. O que distancia a pessoa de discos importados. Mas, o colecionador de discos tem um perfil peculiar. Ele compra discos mesmo se não tiver grana sobrando. Passa fome, mas não fica sem o disco que deseja. 

Assim, a expectativa de quem compra e vende discos é muito positiva para 2020. Apesar da situação complicada em 2019, o ano terminou muito bem para quem trabalha com discos. Principalmente considerando que o mercado foi bem aquecido por muitos lançamentos nacionais. Seja por selos, pelas fábricas ou pelos próprios artistas. E em todos os gêneros. Há discos novos de rock, MPB, eletrônico, RAP. Acho até que a oferta é maior que a demanda... que foi muito boa durante todo o ano. 

Um aspecto do perfil atual do mercado fonográfico diferente do que era antes até a década de 1990 é a opção de formatos diferentes. Antes, grande maioria era o tradicional bolachão preto. Hoje há grande variedade de discos coloridos, pictures, pesos, holográficos, capas com designs criativos, entre outros que exigem sorte, persistência e paciência. Ou seja, colecionar discos hoje é um desafio não só financeiro. Deu um "grau" a mais no aspecto do colecionismo. 

Texto e foto: Andye Iore

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Disco do Liam Gallagher é campeão de vendas em 2019


O segundo disco solo de Liam Gallagher foi o que mais vendeu em 2019 no ranking de vinil. O album "Why Me? Why Not", do ex-Oasis, vendeu 30 mil cópias. 

Seguido de "When We All Fall Asleep Where Do We Go?", de Billie Eilish, e o clássico "Rumours" (de 1977), do Fleetwood Mac em terceiro. A lista do Official Charts tem 40 discos listados com vendas durante 2019.